Atribuição de significado à escrita, por crianças surdas usuárias de língua de sinais

Neste artigo publicado pela Educar em Revista, as autoras Tânia dos Santos Alvarez da Silva e Maria Augusta Bolsanello ressaltam que

A autonomia no uso da escrita pelo surdo é, provavelmente, o maior desafio que a educação bilíngue enfrenta hoje no Brasil. Os surdos brasileiros, em sua maioria, exibem dificuldades no uso da escrita alfabética, provavelmente em razão da enorme distância entre a língua de sinais, por meio da qual o surdo organiza o seu pensamento, e o sistema alfabético, criado para representação de línguas orais (SILVA; BOLSANELLO; SANDER, 2011). A despeito de tais dificuldades, a apropriação da escrita pelo surdo, como para qualquer aprendiz, é uma condição para a emancipação intelectual. Dessa forma, cabe aos educadores bilíngues a busca de caminhos alternativos, que favoreçam a conquista pelo surdo dessa ferramenta fundamental para sua humanização. Nesse sentido, a escrita dos sinais, enquanto um sistema simbólico repleto de significados, parece constituir-se em uma possibilidade a mais, de conferir ao surdo condições maximizadas de desenvolvimento de suas funções superiores do pensamento, bem como de fornecer meios de aproximação com o sistema de escrita majoritário de seu país, que é a escrita alfabética (SILVA; BOLSANELLO, 2014, p. 140).

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