Escrita de sinais: cultura e identidade surda em Rondônia

Segue abaixo, na íntegra, o resumo da dissertação de mestrado da Indira Simionatto Stedile Assis Moura.

Este trabalho é um estudo de caso, onde a observação deu-se em conjunto com a participação efetiva, numa certa proposta de autoetnologia buscando apresentar a percepção de uma pessoa surda sobre sua própria história como forma de validar também as histórias compartilhadas e produzidas entre as comunidades surdas no Estado de Rondônia. Assim, apresento minha própria história de vida e trajetória estudantil como introdução necessária à compreensão de fatos atinentes à experiência de ser surda e viver numa sociedade de maioria ouvinte, face às perplexidades e complexidades do ser surdo desde a infância, as mediações necessárias tanto familiares quanto comunitárias no sentido da apreensão do conhecimento, as dificuldades e desafios de minha trajetória acadêmica, o enfrentamento de questões como a dificuldade de apreensão da escrita, a resistência à leitura e a luta contra conceitos hegemônicos. Apresento também minha descoberta como pesquisadora na formulação de uma hipótese participativa do povo surdo na criação dos primórdios da Escrita, e, por conseguinte, da própria História, na tentativa de resgatar o possível protagonismo do povo surdo frente ao apagamento deste, na História oficial. Apresento também a trajetória desse percurso em direção a um entendimento necessário sobre a questão escrita e sua importância fundamental para a participação de sujeitos históricos surdos, na construção de sua própria história na atualidade, enfatizando a valorização e intensificação da cultura e identidade surdas, bem como, seu papel fundamental para o sentimento de pertença, especialmente na educação de surdos no sentido de configurar um campo de estudos acadêmico como referência descritiva, expressiva e visual, acelerando a apreensão do conhecimento pelas novas gerações.

Clique aqui para ver a dissertação.

Fonte: UNIR

Deixe um comentário