Escrita de sinais: concepções de educadores surdos e ouvintes

Segue abaixo, na íntegra, o resumo da dissertação de mestrado da Daniela Ramalho Cury.

Esta pesquisa teve como intuito analisar e compreender as concepções dos educadores Surdos e ouvintes sobre a escrita de sinais no processo de letramento. A língua de sinais, até pouco tempo, era tida como uma língua ágrafa, ou seja, uma língua sem escrita. Na década de 80, surgiu um sistema de registro para as línguas de sinais chamado de SignWriting. Embora originalmente criado por Valeria Sutton para anotações dos movimentos da dança, essa escrita foi posteriormente adaptada para representar os sinais das línguas de sinais. Desde então, alguns estudos foram realizados para analisar a importância da utilização de escrita de sinais no desenvolvimento de letramento de crianças Surdas. Nesta pesquisa, de cunho qualitativo, vinte e três profissionais da área de educação de Surdos com experiência no sistema SignWriting responderam a um questionário sobre sua experiência com esse sistema de escrita. O estudo foi conduzido tendo como base teórica os postulados das pesquisas do campo do letramento – Soares, Kleiman e Leite – e também das pesquisas da área denominada Estudos Surdos (Stumpf, Dallan, Quadros e entre outros). Os participantes revelaram encontrar vantagens e desvantagens na escrita de sinais, porém, destacaram que esta contribui para intensificar a autoconfiança das crianças Surdas durante seu processo de
aprendizagem.

Clique aqui para ver a dissertação.

Fonte: Unicamp

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